Dormindo sobre a relva, descansava,
Quando vi que a Fortuna me mostrava
Com alegre semblante o seu tesouro.
De uma parte, um montão de prata e ouro
Com pedras de valor o chão curvava;
Aqui um cetro, ali um trono estava,
Pendiam coroas mil de grama e louro.
- Acabou – diz-me então – a desventura:
De quantos bens te exponho qual te agrada,
Pois benigna os concedo, vai, procura.
Escolhi, acordei, e não vi nada:
Comigo assentei logo que a ventura
Nunca chega a passar de ser sonhada.
No soneto o autor sonha com riquezas e tesouros, ele descreve um campo de
ouro fértil cheio de riquezas. Dirceu também demostra-se feliz com a Fortuna .
No seguinte verso oferecem ouro a ele em seu sonho.
- Acabou – diz-me então – a desventura:
De
quantos bens te exponho qual te agrada,
Pois
benigna os concedo, vai, procura.???????
Por fim ele escolhe, acorda e não vê
nada, pois era apenas um sonho.
- Aurea mediocritas (mediocridade áurea ou ouro medíocre) - Durante todo o soneto ele fala sobre riquezas, Fortunas e tesouros.
- Bucolismo: No soneto o autor descreve campos férteis e das relvas onde se descansava.
Situação Histórica
Na época Tomas havia sido deportado para a Africa ( Moçambique).
Glossário
Douro - Revestir de uma camada de ouro ou de uma substância dourada. / Dar a cor de ouro.
Ventura - Sorte (boa ou má); acaso.Sorte boa; dita.
Soberbo -Arrogante.Juliana Araujo
N° 19
1°C